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Os 5 “nãos” da alimentação para prevenir o desenvolvimento das doenças cardiovasculares
Por Super Premium Diet
em 27 Feb 2018 1:25 PM
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  • Alimentos processados
  • gorduras
  • açúcares livres

As doenças cardiovasculares tornaram-se na primeira causa de morte nos países desenvolvidos, representando 33% do total de mortes ocorridas todos os anos, onde a obesidade é um dos fatores de risco com mais incidência no alcance de números tão alarmantes.

Em particular, de acordo com o último Inquérito Nacional de Saúde em Espanha publicado pelo Ministério da Saúde, a tendência da obesidade no nosso país é crescente, de modo que 17% dos adultos maiores de 18 anos sofrem desta doença e 37% tem excesso de peso, representando um aumento de 7,4% para 17% nos últimos 25 anos.

No que diz respeito às doenças cardiovasculares, o estudo indica que todas continuam com uma tendência ascendente: desde 1993 a hipertensão passou de 11,2% para 18,5%, a diabetes de 4,1% para 7% e o colesterol aumentou de 8,2% para 16,4%.

Devido à estreita relação existente entre a alimentação e a saúde cardiovascular, o Grupo NC Salud através do seu diretor médico, Dr. Carlos Fernández, quer enfatizar os 5 Nãos da alimentação para proteger o nosso organismo do desenvolvimento destas doenças.

Diga não a:

Alimentos processados: são aqueles com alto teor em gorduras “trans” obtidas industrialmente através de um processo de hidrogenação de óleos vegetais. Existem estudos que demonstram como a pastelaria industrial, massas pré-cozinhadas e outros produtos embalados ricos neste tipo de gorduras aumentam consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, associando-se principalmente a doenças coronárias. Segundo a pirâmide da dieta mediterrânica, o seu consumo deve ser, no máximo, uma porção quinzenalmente.

O excesso de gorduras saturadas: embora o fornecimento de proteínas de origem animal e seus derivados seja inquestionável, o seu conteúdo em gorduras saturadas associa-se a um notável aumento nos níveis de colesterol total e LDL (colesterol “mau”), aumentando o risco de sofrer, principalmente, de cardiopatia isquémica e ictus. Por outro lado, devemos ter cuidado com as denominadas “gorduras saturadas invisíveis” que fornecem óleos vegetais como o de coco e palma, presentes em muitos alimentos pré-cozinhados, uma vez que aumentam esse risco. As recomendações saudáveis para o consumo de carne são: 2 porções semanais de carne branca e 1 porção semanal de carne vermelha;em produtos lácteos e seus derivados: 2 porções diárias, escolhendo versões semidesnatadas ou desnatadas.

Álcool: um consumo excessivo é um fator de risco altamente reconhecido e prevalente para a hipertensão arterial. Por outro lado, segundo evidência científica, também está associado a um maior risco de ictus e miocardiopatia congestiva. Mas a única opção saudável não é a abstinência, visto que também se considera que um consumo moderado de bebidas fermentadas pode ter benefícios para o sistema circulatório, sendo a ingestão máxima recomendada de 2 copos de vinho ou 3 imperiais no caso dos homens e de 1 copo de vinho ou 2 imperiais no caso das mulheres.

O excesso de sal: em pessos sãs a ingestão máxima diária recomendada é de 5 gr. Existe uma relação contrastada entre um consumo excessivo de sal e um aumento do risco de padecer de hipertensão arterial, patologia que se não for controlada, é o prelúdio para outras doenças cardiovasculares mais graves. É importante que se controle o sal que se adiciona às nossas receitas e sobretudo o que contêm os alimentos pré-cozinhados e embalados (conservas, salgados, etc.), pelo que devemos optar por alimentos frescos ou por aqueles preparados com baixo conteúdo de sal adicionado, que vem indicado nas composições dos produtos como “sódio”.

Excesso de açúcares livres: segundo a OMS neste grupo englobam-se aqueles açúcares que se adicionam a alimentos como refrescos, sumos, batidos, bolachas, caldas, etc, e o seu consumo deve ser menor que 5-10% da ingestão calórica diária. Na Europa, a média de consumo supera já o dobro da recomendação, sendo um dos fatores que causa as elevadas taxas de obesidade infantil. É importante diferenciá-los dos chamados açúcares intrínsecos (presentes nas frutas e verduras inteiras frescas) e dos hidratos de carbono de assimilação lenta (legumes, massas, arroz, pão, etc.) que são saudáveis e devem ser consumidos diariamente.

Nas palavras do doutor Carlos Fernández, diretor médico do Grupo NC Salud: “Seguindo estas recomendações gerais na nossa alimentação diária, estaremos a apostar na saúde e na prevenção para reduzir o risco de desenvolver uma doença cardiovascular. A estas devemos necessariamente somar mais dois conselhos. Em primeiro lugar, devemos fugir do sedentarismo, que afeta quase metade da população espanhola e que tem uma relação direta com o sofrimento dessas patologias e em segundo lugar, os fumadores devem deixar esse péssimo hábito, pois a nicotina causa danos na parede interna das artérias, aumenta os níveis do chamado LDL – colesterol e reduz os do HDL e produz alterações na coagulação, enquanto que o monóxido de carbono do tabaco diminui o fornecimento de oxigénio ao miocárdio e aos restantes orgãos vitais.”